Mercado brasileiro de coloração pode crescer 1,3% ao ano até 2023
O segmento de coloração no Brasil movimentou R$ 4,62 bilhões em 2018, segundo a Euromonitor International, provedora de pesquisa de mercado. Comparando ao faturamento de 2013, de R$ 4,73 bilhões, houve queda de 2,4% em valor nos últimos cinco anos. Um período que envolveu forte crise econômica no País e afetou inúmeras categorias do setor de beleza.
O futuro próximo, entretanto, sinaliza recuperação do mercado, ainda que de forma moderada e paciente. A previsão da empresa é que esse segmento de coloração movimente R$ 4,92 bilhões em 2023, o que representaria um crescimento anual de 1,3% até lá – ou de 6,5% em cinco anos, no recorte de 2018 a 2023.
Os estudos da Euromonitor para o segmento de coloração no Brasil englobam os seguintes tipos de produtos: permanentes, semipermanentes e tom sobre tom (tone-on-tone), bem como alvejantes, clareadores, iluminadores, enxaguantes temporários, mousses de cor, gizes de cabelo, máscaras de coloração de cabelo, restauradores de cor e corantes de henna fabricados. A empresa exclui xampus, produtos 2 em 1, mousses ou condicionadores com propriedades de melhoria da cor cuja função principal é a lavagem.
De acordo com o relatório Cuidados com o Cabelo, da Mintel, de março de 2019, as tinturas permanentes, de longa duração, ainda são os produtos preferidos pelo público consumidor (veja quadro abaixo).
Sem dúvidas que inovação é um diferencial competitivo seja qual for o segmento em beleza, mas no mercado de coloração ela pode ser ainda mais atrativa ao público consumidor, principalmente a quem deseja experimentar novidades ou busque por novos benefícios.
A indústria reconhece essa característica e continuamente investe em melhorias. A Embelleze traz um exemplo concreto, já que a sua marca Maxton – de tinturas em creme – apresenta uma novidade “sem concorrentes” no mercado nacional, segundo ressalta o gestor Vinicius Ribeiro.
O lançamento foi feito para todas as cores, mas, de acordo com Ribeiro, pode ser um ótimo aliado principalmente das ruivas, “já que normalmente elas sofrem um pouco mais para manter a cor nos fios”.
Diferente do mercado como um todo, a fabricante tem registrado resultados bem positivos. Ribeiro conta que, nos anos recentes, cresceu muito na categoria de tinturas no País. “Só Maxton chegou a 89% de crescimento em faturamento nos últimos quatro anos”, revela.
O motivo que impulsiona esse avanço, na opinião do executivo, é que as consumidoras decidiram experimentar fabricantes nacionais. “Cada vez mais, a mulher entende que grandes empresas aqui no Brasil podem ter produtos de qualidade igual ou superior às multinacionais”, diz.
Esse ano, a marca Cor&Ton da Niely completou 10 anos de liderança no mercado brasileiro, o que reflete a confiança da consumidora na marca, segundo destaca Marina Porto, diretora de marketing. “Esse resultado certamente está atrelado a excelente fórmula e entrega de cor que Cor&Ton oferece, além de ter um sachê de tratamento que fixa cor, que prolonga a cor e hidrata os fios pós-coloração”, diz.
A executiva explica que, como líder de coloração no Brasil, Cor&Ton tem um papel importante para a L’Oréal, que possui outras quatro marcas da mesma categoria no portfólio e que são absolutamente complementares entre si. “Cor&Ton oferece um ótimo custo benefício para as consumidoras e vem crescendo aceleradamente no mercado”, conta.
Quantos aos desafios do segmento, a diretora da Niely afirma que o mercado de coloração tem um grande desafio para recrutar novas consumidoras, que hoje têm enxergado a categoria de uma maneira muito funcional. “Pesquisar para entender profundamente a consumidora e estar cada vez mais próximos dela, além de manter-se atualizado com as tendências para lançar inovações são atitudes-chaves para superar esse desafio”, diz.
Para homens
Não são só as mulheres que precisam ou desejam colorir os cabelos. Esse mercado também pode focar no público masculino e as oportunidades ainda estão por aí. A Yamá acaba de entrar nessa competição.
“A Yamá já tem seu nome estabelecido no mercado com as colorações voltadas para o público feminino, neste ano de 2019 decidimos inovar e entrar no mercado de colorações masculinas com a mesma qualidade e confiabilidade já conhecida de nossos produtos”, afirma Rodrigo Luti, gerente de marketing da empresa.
A coloração masculina cobre até 100% dos fios brancos, segundo o executivo, mantendo o aspecto natural dos fios. Contém o ativo bio-restore, especialmente escolhido para o reparo da fibra capilar e a prevenção dos danos do dia a dia nos fios.
Luti conta ainda que a empresa está investindo muito no segmento de coloração. “As expectativas são boas e ano a ano vem desenvolvendo sua marca no mercado”, diz. O executivo ressalta que o mercado da beleza é muito dinâmico e as inovações chegam a todo instante. “Esse é um grande desafio, mas o trabalho de constante pesquisa e o contato com o mercado faz com que a Yamá desenvolva produtos com grande destaque”, conclui.
Fonte: Revista H&C