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O Mercado da Longevidade: Oportunidades Além do Cuidado da Pele

  • ABC
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

 

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Talvez você esteja estranhando o “hype” em torno da Longevidade.


Quase simultaneamente, marcas brasileiras lançaram produtos capilares prometendo diminuir fios brancos, novas marcas e aplicadores contra queda de cabelo, campanhas para mulheres na menopausa.


Muitas artistas, agora na casa dos 60 anos, advogam a favor das sêniores, e temos a volta das bandas e cantores dos anos 80 aos palcos.


E, claro, o tema da redação do ENEM deste ano: Longevidade.


Mas afinal, POR QUE se está falando tanto nisso e quais oportunidades vemos para a indústria de cosméticos - além dos cremes “antienvelhecimento”? Aliás... ainda podemos usar este termo?


Para começar: o público +60 anos está crescendo no Brasil, representa 15,6% da população e deve atingir 75,3 milhões de pessoas até 2070. Esse grupo movimentou R$ 1,8 trilhão em 2024 e pode chegar a R$ 3,8 trilhões até 2044.


A idade média da população, que era de 28,3 anos em 2000, subiu para 35,5 anos em 2023. Para 2070, a idade média projetada é 48,4 anos.


E se sentem ignorados: uma pesquisa realizada pela Box 1824 mostrou que 54% das pessoas 60+ não se sentem representadas na mídia.


A chamada "economia climatérica" movimenta mais de US$ 384 milhões no Brasil e deve ultrapassar US$ 527 milhões até 2030. E vejam que alarmante: segundo a pesquisa “Elas 45+”, 82,7% das brasileiras acreditam que as marcas não representam de maneira real e positiva as mulheres maduras.



Oportunidade além da pele


Sim, cremes faciais anti-idade existem há anos focando nas consumidoras maduras. Mas a consumidora sênior avisa: o cuidado não se restringe ao rosto.

E quais as tendências a considerar nas categorias?

 

Cuidados Capilares

  • “Queridinho” dos brasileiros, este segmento encontrou na luta contra o etarismo seu maior aliado, vendo uma maior aceitação dos cabelos grisalhos. Produtos que prometem combater a queda dos fios agora focam em mulheres na menopausa, e novas marcas e formatos surgem, como séruns capilares noturnos.​


Desodorantes

  • Somos o 2º maior mercado de desodorantes do mundo, presentes em mais de 90% dos lares. Oras, se sabemos que mulheres maduras enfrentam ondas de calor e maior transpiração (”fogachos”), temos uma lacuna a ser preenchida: produtos antiperspirantes ainda mais eficazes, refrescantes e gentis com a pele.​

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Saúde Bucal

  • Segundo o IBGE, 41,5% das pessoas + 60 anos já perderam os dentes. Para a indústria de cuidado oral, podemos pensar em enxaguantes bucais para xerostomia (boca seca, muito comum em consumidores sêniores), e produtos clareadores adequados para dentes mais maduros.​


Conclusão: a economia prateada não é um nicho — é o futuro.​


A pergunta que fica é: sua marca está pronta para fazer parte dele?

PS: o prefixo "anti" é visto por muitas consumidoras, especialmente as maduras, como negacionista e associado ao etarismo. Melhor trocar por uma proposta a favor da idade - e da beleza!


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Mônica Pucci Simão (Colunista da Newsletter da ABC)

Com mais de 30 anos de experiência em marketing estratégico, Mônica é especialista marketing estratégico, atuando em projetos nacionais e internacionais nos segmentos de Alimentos, Bebidas, Suplementos, Pet, Beleza e Limpeza. Em 2024 fundou a Syncronia, uma consultoria de marketing com foco em Tendências de Consumo, Pesquisa de Mercado, Palestras e Treinamentos – em português, inglês e espanhol.











ABC - Associação Brasileira de Cosmetologia

 
 
 

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